... e todos acabaram por ser coniventes comigo.
Tinha perdido as duas únicas pessoas importantes da minha vida e como tal só pensava no motivo de eles me terem deixado tão cedo (como se eu pudesse impedir isso!) e que eles eram insubstituíveis.
Sabia que isso me impedia de me relacionar com as pessoas. Até ali, até àquele momento em que vi o olhar dele repleto de preocupação, nunca me preocupara com isso. Demorara um ano e mais uma tentativa de suicídio para me aperceber de uma coisa tão simples. Não me podia afastar dele, amando-o tanto!
Talvez não fosse tarde demais para ele me perdoar por o querer abandonar... Compreendia bem essa sensação de abandono...
Terrível foi a forma como o meu avô morrera, mas pior fora a minha avó (pelo menos para mim), que optara por deixar de viver sem ele.