Os TEXTOS que se seguem são pura FICÇÃO e qualquer semelhança com a REALIDADE é pura coincidência!
Este espaço permite-me dar-vos a conhecer todo o meu entusiasmo pelas palavras.


df @ 16:02

Sab, 27/12/08

Aquele final de tarde de segunda-feira prometia ser um momento de mudança.

 

Lá me encontrava no café da esquina, onde habitualmente ia tomar o meu café antes de ir para casa, ciente que a decisão que tomara uns dias antes era a mais acertada. Agora só faltava que aquele friozinho no estômago permitisse que avançasse, além do nervoso miudinho que criara um tique no sobrolho. Maldita falta de coragem! Maldita timidez! Maldito medo de me magoar novamente!

 

Olhei o relógio  e aquele movimento do ponteiro dos segundos indicou-me que seria perfeito levantar-me da minha cadeira refúgio e me ir apresentar. Mas o que lhe iria dizer? Qual o motivo de me ir apresentar? Dizia-lhe apenas que já tinha reparado que era cliente habitual como eu? Raios, pensar demais nestas coisas só atrapalha.

 

Levantei-me. Dirigi-me à mesa do desconhecido, que ficava do outro lado do estabelecimento. Queria-me apressar para que aquela ínfima coragem não fugisse pela porta da rua e me deixasse ali sozinha.

 

Porém, naquele preciso instante em que ia dar o último passo para chegar à sua mesa, chegou uma mulher sorridente, que lhe deu um carinhoso beijo na face.

 

Acabei por me desviar e fingir que tinha decidido ir à casa-de-banho...

 




df @ 12:54

Qui, 11/12/08

Após tomar uma decisão, agora decidi tomar uma atitude.

 

Seria naquela precisa segunda-feira, o primeiro dia daquela primeira semana de Novembro, que me iria apresentar àquele perfeito desconhecido.

 

 




df @ 18:46

Qua, 10/12/08

A decisão do momento. Quando largar as muletas? Pensavam que era ir ter com o desconhecido? Não. A decisão é mesmo esta. Estar dependente durante várias semanas de umas auxiliares para me locomover, fez-me agora estar relutante quanto ao seu despedimento e à capacidade física do meu pé andar sozinho. O médico disse, quando tirei o gesso, que bastava andar uns dias com uma muleta, mas os dias passaram a quase duas semanas.

 

Seria capaz emocional e fisicamente de lhes dizer adeus? Sim, porque agora sem elas iria deixar o estatuto de aleijadinha, de coitadinha, merecedora da atenção de todos e deixava de precisar de andar ao pé coxinho.

 

Podem parecer trivialidades estas questões, mas para mim, que acabo de passar por isto, não são. Não habituada a estar dependente de ninguém a não ser de mim mesma, acabei por me dar ao luxo de gostar de ser mimada por muitas pessoas à minha volta...

 

 




df @ 20:41

Seg, 01/12/08

O meu gato esperava por mim estendido no sofá quando cheguei a casa de mais um dia de trabalho.

 

Era a minha pequena alegria.

 

Durante este mês, por coincidência, a minha companheira de casa tinha ido para o Japão ter uma formação. Era engenheira numa empresa multinacional, com sede naquele país do Médio Oriente. Telefonou-me hoje a dizer que tinham perrogado o seu regresso e portanto iria ficar mais um mês. Lamentou não estar presente para me ajudar nesta fase dificil e bla, bla, bla... Eu não podia fazer nada, nem ela. Em certas situações, temos que dar o braço a torcer e admitir que o nosso trabalho é bem mais importante que outra coisa qualquer... Além disso, não estava entre a vida e a morte, tinha simplesmente partido o dedo do pé...

 

Portanto, era eu e o Malhado dentro daquele grande T2.

 

Sentei-me imediatamente ao pé dele e enchi-lhe de mimo, desejo dele durante as horas e horas que passava só. Quando me deitava, ele seguia-me e enroscava-se ao fundo da cama.

 

Tinha-o acolhido há dois anos atrás, quando lhe afaguei uma orelha numa noite fria de Outono em Sto Ovídeo enquanto passeava com uns conhecidos. Seguiu-me até casa e até chegou a subir os degraus para a entrada do prédio. Sem indicação nenhuma da minha parte. Mas arrependeu-se e deu meia volta, escondendo-se debaixo de um carro lá estacionado. Mas a dor de estômago por presenciar tal alma solitária não me permitiu deixá-lo ali e agachei-me e tentei com que ele se aproximasse de mim. Não foi dificil. Estava desesperadamente carente!

 



DESAFIO

Coloquei-vos há tempos o desafio de darem um TÍTULO à nova história que se irá desenvolver nos próximos meses aqui. Ainda não vos dei muita informação, a não ser que as personagens se chamam Rafael e Juliana e que trabalham na mesma empresa. Conforme vou publicando os posts, certamente irão perceber que há muitos segredos para serem revelados...
Além do título, também espero que deixem nos comentários o vosso feedback.
Obrigado
A Gerência

Rubricas:

Além de uma nova história a decorrer no blog, acompanhem também a nova rubrica do blog 'PERDIDOS E ACHADOS DA VIDA', pequenos textos que incidem sobre... Leiam e descubram...

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