- Não tenho forças para voltar a lutar. - comecei a chorar. O meu rosto estava lavado em lágrimas. Sentia a humidade da pela, mas mais ainda a dor das lembranças.
. Tens sim. Tiveste tanta coragem, como é que agora não tens, Di? - levantou a minha cabeça para ao enfrentar. - A coragem não se acaba.
- Pois a minha acabou. A minha acabou. - desabafei, entre soluços.
Senti os braços dele à minha volta. Reconfortante. Seguro. Já há muito tempo que não sentia uma paz tão avassaladora. Agarrei-me a ele com toda a minha força, sabendo que o desespero estava a terminar.
- Tive muitas saudades tuas. - murmurei-lhe ao ouvido.
- Eu sei, querida, eu também tive. Mas agora estamos aqui, juntos.
Olhei-o, desejando-o, querendo sentir os seus lábios nos meus, a sua pele quente tocar a minha.
Lendo os meus pensamentos, como quase sempre o fazia, deitou-me em cima da cama e colou-se ao meu lado, acariciando-me o cabelo.
Beijou-me com carinho e eu retribuí-lhe o gesto. Depois o beijo tornou-se mais intenso, cheio de desejo carnal e comecei a despi-lo com mãos nervosas e deliciámo-nos um com o outro, como se fosse a primeira vez...