Os TEXTOS que se seguem são pura FICÇÃO e qualquer semelhança com a REALIDADE é pura coincidência!
Este espaço permite-me dar-vos a conhecer todo o meu entusiasmo pelas palavras.


df @ 19:27

Sex, 17/07/09

Depois de uma média de três horas de viagem, cheguei a Santa Apolónia, a noite já ia longa.

Olhei pela janela do comboio com saudosismo. Recordava-me perfeitamente da primeira vez que ali tinha chegado. Tinha comigo apenas duas malas de viagem, não muito grandes. As roupas que mais gostava, além das coisas práticas. Algumas coisas tinham ficam no armário do meu antigo quarto e outras tinham ficado reservadas em casa de uma amiga da faculdade, para um dia mais tarde ela mas enviar.

Naquela segunda de manhã, sentira-me tão só. Mais só do que quando vivia com os meus pais. Havia ainda um sentimento amargo no âmago do estômago. Estava finalmente por minha conta. Podia finalmente tomar as minhas próprias decisões, cometer os meus próprios erros, gozar a minha alegria, chorar as minhas tristezas. E ainda assim aquilo de repente pareceu-me tão relativo. Toda aquela luta pela independência parecia tão inútil perante a urgência de um ombro amigo.

Não conhecia ninguém e, apesar de desejar mais do que nunca ter a minha grande amiga da faculdade ou mesmo o Ricardo, não queria que ninguém olhasse para mim, me tocasse... Não queria que conhecessem a história triste da minha vida. Sim, sentia-me só e com pena de mim mesma, como se a culpa fosse toda minha do meu pai ser uma pessoa violenta. E daí talvez fosse, tal como ele dizia, eu era uma rapariga muito má.

Agora naquela noite, naquela estação de comboio, tudo me parecia tão distante e ao mesmo tempo tão necessário para a minha definição como pessoa que era hoje.

Desci para a plataforma e olhei em redor. Não havia muitas pessoas àquela hora e devia ser sempre assim. Tal como a minha vida, aquela estação tinha muita confusão, demasiadas pessoas.

Tentei avistar a Filipa. Ela era uma mulher de estatura mediana, cinco centímetros mais baixa que eu, rosto arredondado, uns olhos castanhos muito profundos e um cabelo encaracolado, que lhe costumava cair pelas costas abaixo, acentuando-lhe a sua sensualidade. Não a via há mais de um ano, apesar de falarmos com frequência pelo telemóvel ou pelo messenger. No entanto, ainda não lhe contara sobre o divórcio. Não tinha sido capaz. Afinal de contas, tinha sido ela a apresentar-me o Tiago.



DESAFIO

Coloquei-vos há tempos o desafio de darem um TÍTULO à nova história que se irá desenvolver nos próximos meses aqui. Ainda não vos dei muita informação, a não ser que as personagens se chamam Rafael e Juliana e que trabalham na mesma empresa. Conforme vou publicando os posts, certamente irão perceber que há muitos segredos para serem revelados...
Além do título, também espero que deixem nos comentários o vosso feedback.
Obrigado
A Gerência

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Além de uma nova história a decorrer no blog, acompanhem também a nova rubrica do blog 'PERDIDOS E ACHADOS DA VIDA', pequenos textos que incidem sobre... Leiam e descubram...

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