Os TEXTOS que se seguem são pura FICÇÃO e qualquer semelhança com a REALIDADE é pura coincidência!
Este espaço permite-me dar-vos a conhecer todo o meu entusiasmo pelas palavras.


df @ 20:47

Qui, 17/09/09

Acendi umas velas aromáticas e baixei a intensidade da luz.

Apesar do ambiente romântico, queria somente colocar a minha sala aconchegante, com um ar pacíficador.

Enquanto o jantar estava a ser confeccionado, sentámo-nos no sofá, um em cada canto.

A noite esfriara muito e não obstante o facto de ter colocado vários tapetes pela casa, o meu lar era frio.

- Estás com frio? - questionou ele, vendo-me a aconchegar ao meu cobertor azul escuro.

- Um pouco... - respondi.

- A primeira vez que nos encontrámos no pinhal atrás da casa dos teus pais, quiseste vir logo embora. Bem que tentei convencer-te a ficar mais um pouco, mas não adiantou. Estavas gelada...

- Eu lembro-me. Já da segunda vez, levei umas camisolas mais grossas. Também começamos a namorar no Inverno...

- Pois foi...

- Éramos umas crianças... - lancei, sabendo que ele estava a recordar os mesmos momentos da mesma forma saudosa que eu.

- Tínhamos treze, catorze anos. Não éramos assim tão pequenos! Acho que tínhamos bastante consciência do que se passava connosco, do que se passa à nossa volta. Maior parte dos meus miúdos não vê nada... Ou pelo menos finge muito bem...

- Eu fingia muito bem perante os meus professores - alvitrei.

- Eu sei. Já eu não! Andava constantemente revoltado com o que o teu pai te fazia.

- Quando algumas queixas de mau comportamento começaram a chegar aos ouvidos do meu pai, ele disse logo que eras uma má influência, que era mais um motivo para ele não me deixar aproximar de ti.

- É um ciclo vicioso mesmo. Eu segui a via do ensino para poder ajudar algumas crianças que se encontravam na mesma situação que tu, porque achava que os professores deviam ser a nossa segunda família. Mas eles escondem os seus problemas muito bem e muitas vezes não nos deixam aproximar. Não se abrem connosco e mesmo quando lhe dámos alguma coisa em troca, como deixá-los jogar no computador por alguns minutos, eles afastam-se.

- Deve ser difícil. Quando somos crianças, dezemos que quando formos adultos vamos conseguir mudar alguma coisa, mas a única coisa que conseguimos é simplesmente sobreviver a cada dia que passa.

- É verdade... Sinto-me impotente por vezes quando os tento ajudar, mas acho que se não tentar, não me sinto bem comigo mesmo.

- Já deixei de ter esse sentimento altruísta. A vida ensinou-me que se não cuidarmos de nós próprios, nunca conseguremos ser felizes.

- As coisas nem sempre são assim tão lineares - retorquiu ele, preparando.se para se levantar.

- Não, não são. Mas tento levar essa máxima ao máximo na minha vida, Ricardo. - levantei-me também e fomos até à cozinha.

Ele verificou a lasanha no forno e começou a abrir as portas dos armários à procura de louça para pôr na mesa da sala. Eu, por minha vez, encetei a tarefa de ir até à lavandaria, abrir uma janela por completo e fumar um cigarro.

 



DESAFIO

Coloquei-vos há tempos o desafio de darem um TÍTULO à nova história que se irá desenvolver nos próximos meses aqui. Ainda não vos dei muita informação, a não ser que as personagens se chamam Rafael e Juliana e que trabalham na mesma empresa. Conforme vou publicando os posts, certamente irão perceber que há muitos segredos para serem revelados...
Além do título, também espero que deixem nos comentários o vosso feedback.
Obrigado
A Gerência

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Além de uma nova história a decorrer no blog, acompanhem também a nova rubrica do blog 'PERDIDOS E ACHADOS DA VIDA', pequenos textos que incidem sobre... Leiam e descubram...

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