Os TEXTOS que se seguem são pura FICÇÃO e qualquer semelhança com a REALIDADE é pura coincidência!
Este espaço permite-me dar-vos a conhecer todo o meu entusiasmo pelas palavras.


df @ 13:48

Ter, 08/12/09

- Desculpe, Lurdes, mas...

- O meu marido estava louco! - acusou, levantando-se do sofá, indo até à janela, decorada com uma cortina branca de organza, com singelos motivos. Virou-se para nós e continuou com o ataque, como se eu e o Ricardo não estivéssemos presentes naquela mesma sala. - Como é possível que ele tenha deixado uma casa à ingrata da nossa filha? Como é possível que ele tenha deixado seja o que for a este fulano? - questionou, apontando para o Ricardo, mas continuando a fixar o olhar no advogado.

- Lurdes, tenha calma! - pediu o doutor João. - O Bernardino estava perfeitamente consciente do que estava a fazer. Foi ele próprio que redigiu o testamento, foi ele que definiu quem ia receber o quê.

- Claro e de certeza influenciado por este aqui. - voltou a apontar o dedo ao Ricardo. - Pelo que ele dizia encontravam-se, não era?

- Desculpe mais uma vez, Lurdes, mas não vou permitir que coloque em causa as decisões do meu cliente! - falou, exasperado, assumindo uma postura mais profissional.

Enquanto o advogado continuava a tentar explicar a situação à minha mãe, o Ricardo optou por dirigir-se à porta de saída. Consegui alcançá-lo já na rua, quando ia começar a atravessá-la para ir até ao café dos pais.

- Espera, Ricardo - pedi.

- O que foi? -perguntou, impaciente, virando-se para mim.

- Já vais embora?

- Vou dar a notícia aos meus pais, que com certeza ficarão felizes por mim ao contrário da tua mãe.

- Pois... Olha, queria fazer-te uma pergunta, pode ser?

- Claro - respondeu, dando dois passos na minha direcção.

- Sabias desta história do meu pai me ter deixado uma casa?

- Sabia - respondeu, secamente.

- E porquê? Porquê que ele me deixou uma casa? Ele...

- O teu pai queria proporcionar-te um local onde pudesses sentir-te bem, porque apesar de tudo, ele ganhou consciência de que nunca te sentiste bem na casa onde cresceste.

- E porque é que ele acharia que me poderia sentir bem numa casa dada por ele? Eu saberia sempre que aquela casa teria uma ligação a ele. Eu vou-me lembrar sempre dele naquela casa, eu vou...

- Diana, - pronunciou o meu nome com veemência, enquanto me agarrava os braços - não vais ficar histérica como a tua mãe, pois não?

- Como!?

- Respira fundo - pediu - O teu pai deixou-te a casa, porque à maneira dele, gostava de ti e quis deixar-te algo valioso e importante. Agora, se quiseres conversar melhor sobre o testamento, acalmas-te e podemos ir até ao café dos meus pais. Pode ser?

- Sim... - respirei fundo como ele me disse - vou só buscar lá dentro o meu casaco e a minha carteira. Já vou lá ter.



DESAFIO

Coloquei-vos há tempos o desafio de darem um TÍTULO à nova história que se irá desenvolver nos próximos meses aqui. Ainda não vos dei muita informação, a não ser que as personagens se chamam Rafael e Juliana e que trabalham na mesma empresa. Conforme vou publicando os posts, certamente irão perceber que há muitos segredos para serem revelados...
Além do título, também espero que deixem nos comentários o vosso feedback.
Obrigado
A Gerência

Rubricas:

Além de uma nova história a decorrer no blog, acompanhem também a nova rubrica do blog 'PERDIDOS E ACHADOS DA VIDA', pequenos textos que incidem sobre... Leiam e descubram...

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