... porque te amo. Choro porque te odeio.
Fazes-me tão feliz nuns dias e tão triste noutros.
Hoje acordei deprimida, simplesmente pelo motivo de mal me teres dirigido a palavra quando chegaste do trabalho no dia anterior.
O jantar foi devorado, sem a apreciação do devido sabor do repasto e sem um único elogio pelo prato especial.
Sinto que nos estamos a afastar. Talvez seja apenas pelo dia-a-dia que se tornou tão monótono, apesar de fazermos os impossíveis para que isso não aconteça.
Sinceramente não sei.
A única coisa certa é que me dói só de pensar que estes anos que estamos juntos poderão se esfumar numa questão de minutos, por uma pequena troca de palavras mal interpretadas. Imagino vezes sem conta como as nossas conversas poderiam tomar outro rumo, mas volto sempre ao mesmo: ao desfecho final doloroso de uma relação.
Não é isso que eu quero... E tu?
Mesmo que quisesse adivinhar não saberia qual seria a tua resposta, porque cada vez mais te retrais na minha presença, cada vez mais te envolves nos teus hobbies e não deixas espaço para eu entrar. Só te posso perguntar porque fazes isso. Mais nada...